quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Daisy

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Feedback song for a dying friend

Reza a tradição Wicca que a morte não deve ser encarada com tristeza e pesar, mas com a naturalidade de uma etapa que se encerra para o começo de outra.
Fácil falar, difícil PARA CARALEO de fazer. Em especial quando a pessoa que parte para os jardins esteve numa mesa de bar com a gente há um mês, falando bobagens e tranquilo quanto às suas condições de saúde.
Turuga foi surpreendido pelo destino três vezes. No início, o diagnóstico surpreendente, inusitado, inesperado, insidioso. Mas o tratamento deu a ele e a todos esperança e tranquilidade, a fé necessária para aguardar um transplante de fígado com uma certa qualidade de vida, a certeza de que era só uma má fase que estava perto do fim.
Pela segunda vez, Turuga foi internado em estado grave. Daqui da minha distância tropical, pouco sei das reais condições em que sua saúde evoluiu, mas entendo que foi mais um lance infeliz dos dados que Deus não joga. E enquanto aguardava, no hospital, o carinho de todos nós certamente alimentava a energia daquele que é, com certeza, um dos mais inesquecíveis boêmios da Cidade Baixa.
Turuga não teve chance de se esquivar da menina de preto. Ao entrar na sala de cirurgia, recebendo um fígado do interior do Estado, ela já estava sentada ao seu lado, na mesa, esperando apenas pelo momento mais apropriado. Ela não leu o livro do Destino, seu irmão mais velho, mas ele lhe passou todas as instruções para a surpresa final. E veio buscar o adorável Vitor Hugo, o marido da Clo, o pai do Jorge Hugo, o amigo da porção inteligente de Porto Alegre e o debochador classudo da burrice que grassa por entre a maioria.
Eu só soube da sua viagem quatro dias depois. Estava me preparando para uma festa. E chorei muito, assim como choro agora lembrando dos dez anos que convivemos, mais de perto ou mais de longe, sempre com carinho e bom humor, colecionando pérolas da língua portuguesa e piadas de grosso calibre. Mas não desisti de minha festa. Fiz dela uma homenagem particular àquele que, esteja onde estiver, já deve ter feito uma porção de amigos em torno duma mesa, pedido uma garrafa dum bom tinto e contado as tiradas mais engraçadas da sua curta, porém indelével, passagem por este tonto planetinha em que os bons morrem jovens e os filhos da puta continuam por aí enchendo o nosso saco.

Prova de fogo

Que Survivor, o que.
Prova de fogo mesmo é ir no aniversário da filha do namorado (e portanto, quase enteada) e conhecer, duma tacada só, a aniversariante, a mãe da aniversariante (ex n. 1), a avó da aniversariante (sim, a sogra, por supuesto), o casal de melhores amigos dele e de brinde mais uma ex com um novo marido bronco.
Mas até acho que me saí bem e nem derrubei molho na roupa.

Never as good as the first time

E como pra tudo tem uma primeira vez na vida, pela primeira vez fui acompanhar meu respectivo para comprar roupas.
Coisa boa é ver homem que se cuida e que gosta de andar bonitinho, arrumadinho, que não tem camisetas furadas e moletons do tempo do epa dentro do armário.
Mas melhor do que isso é vê-lo saindo do provador com uma camisa impecável, linda, que cai como uma luva, enquanto o queixo da gente vai até o chão.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Candy

Essa semana tá foda.
Já perdi a conta dos chocolates que comi, das colheradas de nutella, fora a panela de negrinho e os chás mega-açucarados.
Agora a missão impossível é sequestrar a receita deste biscoitinho do Frontera. Não posso mais viver sem isso.

(sim, isso é uma confissão de tpm descontrol)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

I don't like mondays

Alguém pelo amor dos deuses risca as segundas feiras 13 dos calendários para toda a eternidade?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Saturday night's alright for fighting

Começou cedo, até. Cedo MESMO, I mean. Começo da tarde. Passagem de som dum show de tangos e fados em meio a chuva fininha de molhar bobo.
Estada rápida no McDonald's Bahia filial Ataulfo de Paiva e o show, cuja idade média da platéia devia ser mais ou menos a mesma da múmia do Tutancâmon. Ok, missão cumprida, passa em casa pra pegar um traje mais decentinho pro aniversário do dia.
Na saída, a chuvinha fina lá marcando presença, cadê táxi vazio? Oh, lá vem um - pela pista do meio. E era EVIDENTE que ele ia fazer uma manobra ousadíssima pra tentar nos pegar. E nessa manobra, ele simplesmente se atirou em cima dum outro táxi que vinha vindo a dois metros de distância dele, e que para se safar se atirou em cima dum terceiro táxi que estava PARADO com o pisca ligado e ninguém dentro. Cataploft. Depois dessa, todo mundo boquiaberto, nada restou a não ser ficar olhando o imbecil sair de fininho.
O aniversário. Num lugar dentre milhares, iguaizinhos, um do ladinho do outro. Estamos lá procurando quando dou de cara com ele.
ELE.
Bruno Garcia.
Que desfez todo o meu encanto em cinco segundos. Pra que viver de ilusão, não é mesmo?
Enfim, achamos o tal lugar do aniversário, que por trás da aparência de lata de sardinha, até que era gostosinho. A aniversariante é que era popular demais pro tamanho do estabelecimento. Aquele primor de atendimento a que até já estou me habituando nesta terra de selvagens, comida zero, mas tinha aquela torta sabem os deuses de onde que compensou quase tudo.
Pra completar, ainda estou olhando lá pra fora com cara de paisagem quando reconheço aqueles dois metros de altura. Rafinha Bastos, a fofura de sempre, continua com seu espetáculo no Rio e espera que todo mundo vá vê-lo, pois o Walmor Chaguinhas já está precisando de botox.
Não é emocionante ter um sábado pra contar?