domingo, 30 de agosto de 2009

Meu mundo e nada mais

Quanto mais eu conheço as pessoas, mais me convenço de que o melhor que faço é ficar em casa curtindo uma cama quentinha, um silêncio confortável, um papo virtual ou um dvd de seriezinha antiga.
Apesar de sempre acontecerem episódios bacanas (como Armando Nembri me respondendo ao post, e eu deixando todo mundo babando ao dizer que ele é, além de tudo, um lorde), no fim das contas é sempre a mesma história, sempre tem uma babaquice acontecendo.
Intriga me dá preguiça.
Fofoca me dá preguiça.
A vida social demais socializa o que não devia. A vida privada vai pela privada; o que deveria ser particular passa a ter nuanças públicas, vira enredo de novelas intermináveis, de capítulos espetaculosos, de burburinhos e especulação.
Tudo muito chato, muito cansativo.
Viva as caverninhas, viva o low profile, viva o trabalho árduo que exaure e obriga ao recolhimento saudável. Viva a discrição e o umbiguismo preservador. Viva o nariz que não se mete na vida dos outros, viva o cuidar da própria vida, viva e deixe viver - ou morrer, porque cada um faz o que bem entender.

Mother

Assumo: tem algo de crise dos 30 na minha atmosfera.
Estou neurótica com cremes, rugas, sinais. Acontecem umas dores esquisitinhas. Demoro mais pra me recuperar de qualquer coisa - noitada, dodoizinhos, angústias, estafas.
Mas o pior é esse odor de maternidade cobrada.
O número de gravidezes, partos e crianças pequenas ao meu redor aumentou consideravelmente. E ouvi duas vezes na mesma semana perguntas a respeito de quando é que vou ter um rebento. Uma delas, inclusive, foi retrucada com um sinceríssimo "não sei se seria uma boa mãe"... e tomei um "vai sim, claro que vai, além de tudo você faz docinhos ótimos!"
É isso. Uma "puta mãe", como me qualificaram em outra ocasião, deveria criar seus filhotes a base de docinhos de leite condensado?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Todos estão surdos

Tem gente que faz do fato de existir uma profissão de fé, uma lição de vida.
Entrei na sala de aula atrasada, sonada, chapada de analgésico. O professor me esperou sentar para dar bom-dia, no meio duma fala sobre os sete hábitos das pessoas eficazes.
Estranhei a dicção. Seria gripe? Alergia? Lábio leporino? Ou só a paralisia... qual lado? Direito ou esquerdo?
Ele corria de um lado para outro na frente da turma, apagava frenético o quadro branco e enchia novamente de anotações, se exercitava apontando as próprias observações. E falava, muito e articuladamente.
Até que descobri. Jogo dos sete erros: onde estão as orelhas?
Cadê o ouvido direito?
Acidente?
Como alguém ouve sem filtrar o som nas reentrâncias das orelhas?
Logo descobri: não ouve. Ou melhor, ouve, mas dum jeito muito peculiar.
O doutorando Armando Nembri, filho duma professora de surdos-mudos, nasceu com uma síndrome que lhe negou a audição, podou as orelhas, paralisou o lado direito da face e causou problemas de coluna. Aprendeu a falar aos sete anos. Ouviu o Hino Nacional pela primeira vez com a cabeça encostada numa caixa de som em plena Avenida Presidente Vargas, num comício pelas Diretas. Chorou de emoção ao literalmente sentir a melodia ecoando no crânio, encontrando a letra que ele já conhecia e admirava a beleza.
E este homem estava lá, falando sobre liderança e gerenciamento de pessoas. Respondendo perguntas. E atendendo ao celular.
Sim, porque o ser humano é capaz de praticamente tudo. Ele prefere "ouvir" encostando o aparelho na testa, onde a ressonância é melhor. Mas prefere não dar uma de maluco no meio da rua e apóia o celular na base da cabeça, atrás de onde ficariam suas orelhas. Ele "ouve" um som intermitente, e então o som cessa, e ele reconhece uma voz. Então ele fala, dá o recado de onde está, para onde vai, e que falará mais tarde.
Admirável. Emocionante. Não pude assistir todo o curso, mas creio que aprendi lições preciosas de humanidade e conduta que não estão em livro algum.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Under pressure

Das poucas pessoas que me entendem, uma delas entendeu mais do que as outras e chutou: eu já nasci velha. Devo ter nascido com uns 30 anos. Isso quer dizer que agora estaria chegando perto dos 60, porque não, não sou o Benjamin Button e não fico mais jovem com o passar do tempo.
Acontece que eu acho que não nasci velha: tornei-me velha. Cobraram de mim a maturidade precoce e hoje, quando poderia tranquilamente ser ainda um kiddult, um filho canguru preso à bolsa da mãe como tantos outros, não consigo me livrar desse fardo, desse peso, dessa bagagem. Continuam me cobrando maturidade, comportamento, atitude, experiência. Algumas dá pra fingir; outras, a gente encara de frente, peita a própria vergonha e assume que está na pista pra aprender como todo mundo.
Só que tem coisas que me enlouquecem.
Fico realmente doida comigo mesma quando acabo sucumbindo aos malditos chamados mensais da mãe natureza. Ontem, por exemplo, saí do trabalho começando a ter um surto de dor. Desci do ônibus vinte e cinco minutos depois já atordoada, com a sensação de esmagamento lateral do crânio, mal conseguindo abrir os olhos, leve vertigem tomando conta. Tome Tylenol AP, não tão eficaz quanto a paz duma casa escura em silêncio, mas necessário para poder ir até a farmácia fazer minhas compras.
Antes de dormir, vamos de chazinho, comprimido sublingual para cólica e Neosaldina para a companheira dor de cabeça. Neosa vai ser demitida por incompetência.
Acordei hoje mais cedo que o habitual, tentando ser uma funcionária modelo e ir bonitinha para o curso a que me candidatei... em vão. A brisa que abriu a cortina expôs meus olhos à luz do dia e me flechou direto nos nervos, agulhadas, flashes intensos. Dor.
Dorflex para a segunda tentativa, duas horas mais tarde. Podia ser que tivesse melhorado... tsc, tsc, tsc.
Ormigrein para a terceira tentativa, pelo menos para falar ao telefone e explicar que estava passando mal em casa. E já sentir, no tom de voz, que amanhã o bicho vai pegar pro meu lado.
Antigamente o estatuto do funcionário público previa três dias de folga para "aqueles dias". Hoje em dia a gente ri, acha engraçado, e absurdo até, porque como a lei não podia discriminar homens e mulheres, o que tinha de macho menstruado era uma coisa de louco. Mas eu confesso que bem queria os tais diazinhos pra poder passar mal em paz, sem culpa, sem me sentir fraca, sem achar que estou faltando com minhas obrigações e acabar com essa síndrome de Mulher Maravilha que me acompanha desde o berço.
É melhor eu pensar em histerectomia ou mudança de sexo duma vez.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Patience

Todos os deuses sabem que sou um bichinho bem paciente.
Mas, oh Belenos, estão lá, nas comunidades das quais participo, coisas do tipo "Eu odeio idiotas na biblioteca" e "Eu odeio MUITO gente burra!"
Pela mãe do guarda, taí uma combinação que me tira do sério: idiotas burros na biblioteca. Por e-mail ou ao vivo, são de matar. Numa segunda feira quente de quarenta e cinco minutos perdidos no trânsito logo de manhã, num início de semana de dor de cabeça e cólica, ninguém merece. Muito menos eu.

domingo, 16 de agosto de 2009

It´s my life

Sigo na batalha de tentar ser menos burrinha nas ciências ditas exatas, mas não perco de vista as leis do Ranganathan - e quando me sinto muito desafiada na minha compreensão, sei que Stephen Hawking me perdoa e pulo páginas mesmo, sem perdão. No cômputo geral, "O Universo numa Casca de Noz" continua me parecendo um belo livro, e me fez entender que a Física não é assim tãããão exata quanto nos fazem pensar na escola. Aliás, por que é que a gente tem de se entupir dessas coisas na escola e se tapar de nojo por tanto tempo de algo tão bacana?
Mas comecei a escrever porque, além de descobrir que sou muito mais ignorante do que eu já pensava sobre o nosso ilustre doutor (eu achava que ele sempre tinha sofrido da doença que o acomete, mas agora sei que a esclerose lateral amiotrófica só foi diagnosticada nele aos 21 anos, e isso o deu tempo pra ter três filhos e atualmente um neto bem fofucho), li umas coisas interessantíssimas no livro que dizem respeito diretamente ao meu humilde trabalhinho.
Em 2001, Hawking escreveu:
Se você enfileirasse todos os livros novos que estão sendo publicados um ao lado do outro, você teria que correr a cento e cinquenta quilômetros por hora apenas para acompanhar a frente da fila. Naturalmente, no ano 2600 [...], se o crescimento exponencial continuasse, apareceriam dez artigos por segundo em minha área da física teórica, e nenhum tempo de lê-los. (p. 159)
Agora imaginem que numa escala ligeiramente menor (porque em âmbito apenas nacional), é a tarefa da minha equipe captar toda a produção bibliográfica brasileira, catalogar, classificar e indexar, para permitir que no país inteiro bibliotecários não percam mais tempo fazendo o mesmo trabalho, indicando qual é o estado da arte da bibliografia brasileira e facilitando o acesso a obra (sem falar, obviamente, na quantidade estrondosa de pessoas que atendemos diretamente, seja nos salões de leitura ou através dos serviços remotos). Em números, isso quer dizer que entram no meu salão cerca de 3 mil volumes todo mês, pra ficarmos só nos livros. E isso é mais ou menos metade da produção editorial brasileira, porque infelizmente nem todo mundo sabe que existe uma lei prevendo não só o envio de um exemplar de cada obra para nós como uma punição bem bacana que acabaria de vez com nosso problema de verba se fosse devidamente aplicada. Além disso, ainda temos os desafios infindáveis de recuperar informações de catálogos antigos, buscar obras que não foram depositadas quando deviam, processar doações e coleções antigas, bolar jeitos melhores de organizar o pouco espaço que temos...
Deu pra entender por que é que eu chego em casa exausta todo dia?

Ride the lightning

Olha que eu nem sou fã de atletismo, mas cheguei a me emocionar com o jamaicano Usain Bolt, feliz da vida, correndo tão rápido que nem deu pra acreditar. Até escrevo por extenso o tempo: nove segundos e cinquenta e oito milésimos, pra percorrer cem metros. Dá até pra perder a noção da distância. Aquele homenzarrão enorme botando pra explodir a massa muscular, bem diferente das gazelas africanas que correm como esbeltos felinos. Tudo lindo.
Mas o melhor de tudo foi ver o americano putinho. Bem Gay (ai, trocadilhos infames)...

sábado, 15 de agosto de 2009

Slave to the rhythm

Como boa taurina, quando eu encasqueto alguma coisa... saiam da frente.
Pode ser que daqui a quinze minutos eu enjoe do brinquedo, mas cumpri fielmente meu destino de encasquetadora-mor, fui lá e paguei pra ver, o que quer que tenha sido.
Minha última encasquetada atende pelo nome de Grace Jones, de quem sou muito fã da versão de La Vie en Rose. Mas embestei que queria ouvir mais da dita cuja.
E quase caio da cadeira ao descobrir que a distinta senhora já bateu nos sessenta anos, que gravou a vida cor-de-rosa antes mesmo de eu nascer, e que lançou um disco no ano passado que tem coisas bem audíveis e outras detestáveis, mas que ela como jamaicana de nascença deve ter achado bem legais. Sim, são reggaes.

(Ah, sim, antes de encasquetar com Grace Jones tinha sido Nico Rezende. Levei duas semanas baixando dois discos. E não tem os crááássicos. Meus sais, por favor)

Strawberry fields forever

Aí eu resolvi que merecia um almoço bem porcaria, bem calórico, bem ao estilo McDonald´s depois de voltar duma expedição ao prédio anexo, que deveria se chamar Depósito, ou Vergonha, ou qualquer outra coisa mais apropriada ao descalabro que é aquele baita silo na zona portuária totalmente desorganizado - e pior, condenando as obras da BN a deterioração por conta da falta de cuidado na armazenagem.
Fui ao bendito maczinho depois do horário de pico e, voilà, toda a Cinelândia teve a mesma ideia que eu e foi almoçar na mesma hora.
Por sorte, muitas das pessoas levam o lanche e então sobram bastantes lugares pra sentar.
Lá fui eu, fazer o test drive do suco de frutas vermelhas. Sento e deponho a bandeja na mesa... praquela maldita abaular de vez e derrubar meio litro de pura tintura vermelha em cima de mim, direto. Sem escalas.
Polianamente pensando, a calça já estava imunda mesmo e a blusa era preta. Meno male.
Racionalmente falando, saí de lá me sentindo um bebezinho mijado, apesar de ter sentado sobre guardanapos enquanto almoçava e ter praticamente menstruado em cima deles.
Atravessei a praça não sabendo se ria ou se chorava, rezando pra que ninguém prestasse atenção em mim e dando graças aos deuses de trabalhar perto e ter um avental pra sentar sem emporcalhar minha linda cadeira - mas francamente contrariada porque me trouxeram Coca Cola pra beber.
E fiquei a tarde toda me achando a Moranguinho, exalando aquele perfume gostooooso de fruta vermelha artificial.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Psycho killer

Catei um testezinho desses que eu adoro fazer só pra saber meu arquétipo junguiano. Taí, ó. Scaring.

ISTJ

Você é uma pessoa tranqüila e reservada, que preza por segurança e paz. Você tem um forte senso de dever, que lhe dá um “ar sério” e a motivação de cumprir tarefas. Organizado e metódico ao fazer as coisas, você geralmente consegue cumprir qualquer atividade ou tarefa que você assumir.

Você é uma pessoa muito leal, fiel, confiável, e que valoriza honestidade e integridade ao extremo. Você é o típico “cidadão exemplar”, em quem se pode confiar que fará o que é certo para com sua família e comunidade. Mesmo que você leve tudo o que faz a sério, você também tem um senso de humor meio descompassado, podendo ser uma pessoa muito divertida – especialmente em festas ou encontros de família, ou do serviço.

Você tende a confiar em leis e em tradições, e a esperar o mesmo dos outros. Você não se sente confortável em infringir leis ou em ir contra regras. Se lhe dão uma boa razão para você deixar de fazer as coisas da maneira com que você está acostumado, você dará apoio a essa nova maneira. No entanto, você tende a crer que as coisas deveriam ser feitas de acordo com procedimentos e planos. Se você não desenvolver seu lado intuitivo o suficiente, você pode acabar ficando obcecado com estrutura, insistindo em fazer as coisas seguindo as regras e os procedimentos à risca.

Você é extremamente confiável, fielmente cumprindo o que você se compromete a fazer. Por essa razão as pessoas têm uma tendência a empilhar mais e mais trabalho “nas suas costas”. Como você tem esse forte senso de dever, você pode ter dificuldade em dizer “não”, mesmo que você já tenha serviço mais do que suficiente para se ocupar. Por isso, você provavelmente acaba (ou acabará) tendo que fazer hora-extra no trabalho, e deve então se cuidar para que outras pessoas não tirem proveito de você.

Você pode trabalhar por longos períodos e gastar bastante energia em qualquer coisa que você achar ser importante para o cumprimento de uma meta. Entretanto, você resistirá e não se esforçará numa tarefa ou atividade se ela não fizer sentido para você, ou se você não puder enxergar nela uma aplicação prática. Você prefere trabalhar sozinho, mas também trabalha bem em equipe se for necessário. Você gosta de ser responsável por seus próprios atos, e de estar em posições de autoridade. Você não usa muita teoria ou pensamento abstrato, a não ser que haja uma aplicação prática clara.

Você respeita o que você considera como “fatos”, tendo uma tremenda quantidade deles armazenada em sua memória, que foram absorvidos através dos seus cinco sentidos. Você pode ter dificuldade em entender uma teoria ou uma idéia que seja de uma perspectiva diferente da sua. Porém, se alguém a quem você respeita ou com quem você se importa consegue lhe mostrar a importância ou a relevância dessa teoria ou idéia, ela se torna um fato que você irá internalizar e apoiar. E uma vez que você apóia uma idéia ou uma causa, você não medirá esforços para garantir que você esteja cumprindo seu dever de ajudar a quem precisa de ajuda.

Não é normal que você esteja em sintonia com seus sentimentos e com sentimento dos outros, podendo ter dificuldade em identificar necessidades emocionais dessas pessoas num primeiro momento, pelo menos da maneira com que elas são expostas. Já que você é uma pessoa perfeccionista, você tem uma tendência a não valorizar os esforços das outras pessoas suficientemente, da mesma maneira que você acaba não valorizando seus próprios esforços. Assim, você deve se lembrar de dizer às pessoas o quanto você aprecia os esforços delas e de encorajá-las de vez em quando.

É provável que você se sinta desconfortável expressando afeto e emoções na frente de outras pessoas. Entretanto, seu forte senso de dever e sua capacidade de enxergar o que precisa ser feito, em qualquer situação, permitem que você se torne uma pessoa menos reservada, dando apoio e carinho às pessoas que você ama. Assim, você se esforça para suprir as necessidades emocionais daqueles mais próximos a você, uma vez que você as reconhece.

Você é extremamente fiel e leal. Tradicional e voltado à família, você se esforça ao extremo para garantir que as coisas na sua casa e na sua família andem bem. Você é um pai ou mãe responsável, que leva suas tarefas paternais ou maternais com muita seriedade. Pessoas como você são ótimas provedoras de segurança financeira no lar. Você se importa muito profundamente com aqueles próximos a você, apesar de você normalmente não se sentir confortável em expressar este amor. Na verdade você prefere expressar seu afeto através de ações, ao invés de que através de palavras.

Você tem uma capacidade imensa de pegar qualquer tarefa e defini-la, organizá-la, planejá-la, e implementá-la, até que a considere como cumprida. Você trabalha muito duro, e não permite que obstáculos que apareçam no seu caminho impeçam que você execute suas responsabilidades. Você geralmente não se valoriza o suficiente por suas conquistas, pois as vê como um simples cumprimento de suas obrigações.

Você tem uma ótima noção de “espaço e função”, e demonstra uma apreciação artística das coisas. Assim, é provável que você mobílie sua casa com bom-gosto e que a mantenha de forma impecável. Você tem uma noção precisa de seus sentidos, e quer estar em ambientes que se encaixam com sua necessidade de estrutura, ordem e beleza.

Em situações de estresse você pode acabar entrando num “modo-catástrofe”, em que você não enxerga nada além de todas as possibilidades de coisas que podem dar errado. Você também fica “se remoendo” por coisas que você poderia ter feito de uma maneira diferente, ou por coisas que você não conseguiu executar. Mas em geral, você tem um potencial gigantesco. Você é uma pessoa capaz, lógica, racional, eficaz, e com um desejo profundo de promover a segurança e a paz. Em outras palavras, você tem o que se precisa ter para ser uma pessoa altamente eficaz em atingir suas metas, quaisquer que elas sejam.

domingo, 9 de agosto de 2009

Perdidos na selva

Então eu sou Tarzana, perdida na selva de pedra e das ilhas que não se comunicam, das pessoas que não se entendem, dos diálogos infrutíferos, dos duros corações e das lágrimas furtivas, derramadas somente na solidão implacável dos finais de dias exaustivos.
Sou Mowglina, menina-loba, de afeto grosseiro e trato esquisito. Sou a filha de Robinson Crusoé, a herdeira anã de Atlas, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, e todos esses personagens condenados ao monólogo interminável, à incompreensão, ao peso do mundo nas costas, à solitária convivência consigo mesmo.
Resta-me agora um curso de sobrevivência na selva, um de faça-você-mesmo tudo dentro de casa e um de primeiros socorros. Aí sim, vai dar pra passar bem o resto da vida.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Answers

Eu só vou ao salão/cabeleireiro em caso de absoluta necessidade. Embora o cafuné seja uma delícia, detesto aquela babação de ovo, o cacarejo do mulherio, aquele ar que exala futilidade... e o papo forçadésimo entre dois ilustres conhecidos. Cabeleireiro devia ser que nem massoterapeuta: absoluto silêncio, musiquinha no máximo. Nem precisa incenso: aquele cheiro de cabelo secado no secador já se encarrega do estímulo olfativo.
Mas eis que surge a absoluta necessidade, aquela em que o tratamento de choque da hora do banho não resolve e não adianta mais puxar o cabelo repartido pra frente e passar a tesoura, porque o pobre coitado está em petição de miséria, completamente sem corte e sem personalidade, e pedindo pelamordacurupita por uma tesourada profissional.
Fui, né? Fazer o que...
aproveito pra me inteirar das fofocas daquelas revistas altamente produtivas, com literatura de extrema qualidade.
Estou conseguindo me livrar da fofoca (até porque com secadores de cabelo funcionando no recinto, ninguém merece papinho aranha)... eis que o sujeito pesca uma chance no ar.
"Você é calma assim mesmo?"
O QUE PASSOU PELA MINHA CABEÇA: não, só quando não estou com a menor vontade de conversar.
O QUE RESPONDI: sim, mas também estou suuuuper cansada.
Bingo! Ele se compadeceu da minha pobre situação de trabalhadora e fez uma massagem na nuca.
"É que você é tão quietinha que fico até com medo de conversar."
O QUE PASSOU PELA CABEÇA: aproveita e me traz uma neosa, por favor.
O QUE RESPONDI: hahahaha... mas não precisa, não, pode falar.
Logo em seguida ele trouxe aquele equipamento alienígena de botar a cabeça dentro e esquentar com vapor... e aí não tinha muito o que fazer, a não ser me deixar na paz da literatura produtiva. Mas mais hora, menos hora, ele ia tirar o apetrecho. Tremi pela chegada da hora.
"Você é do sul?"
O QUE PASSOU PELA CABEÇA: pqp. demorou.
O QUE RESPONDI: sim, sou gaúcha. de Porto Alegre.
PQP II, A MISSÃO: ele respondeu.
"Por que todo mundo lá é bonito, hein?"
O QUE PASSOU PELA CABEÇA: bem, tenho um monte de hipóteses. Porque nossa genética é melhor, porque não ficamos torrando no sol que nem croquetes o ano todo, porque nos cuidamos, porque inteligência e bom senso fazem bem pra pele?
O QUE RESPONDI: HAHAHAHA! Deve ser o leite!
E no final, o petulante ainda queria dois beijinhos... eu mereço.
É por isso que chego na sexta feira de cama.

God only knows

Não sabe a resposta?
ELE sabe!
E perguntem duma vez pra eu poder rir mais, porque já li o site todo...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

The heat is on

Trinta e três graus na princesinha do mar e eu de meias de nylon e botas.
E pra completar, vou esquentar ainda mais a cuca... hidratando os cabelos com um cabeleireiro que fez a gentileza de prestar atenção quando disse que estava cansada e caprichou na massagem.
Quase ronronei, mas achei que ia pegar mal.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Nutshell

"Percebo que minha concepção do livro é como a do amor. Apesar de libertina, certamente nunca fui volúvel. Vejo aqueles que emendam histórias de amor como se fossem pessoas de uma raça estrangeira da qual não conheço nem a língua nem os costumes. Sou de um ceticismo irrevogável e desencorajador diante das naturezas românticas que sucumbem ao amor à primeira vista."

Ouié, mas esse foi o último livro que li. "A outra vida de Catherine M." Elegantérrimo.

No entanto, minha melhor descoberta se chama "O universo numa casca de noz". Ou melhor: minha melhor descoberta foi finalmente entender a teoria da relatividade.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Everybody´s talking

A BN acabou de inaugurar seu blog, e eu orgulhosamente participei do post de estreia.
Olhem que bacana.

domingo, 2 de agosto de 2009

The key

Tic.
No mesmo dia em que o tarô me traz o Cavaleiro de Espadas e me pede para me abrir ao novo, largar de mão aquilo que já está ultrapassado, entender que esta é uma época de mudança... eu perco as chaves de casa. Pela primeira vez em vinte e nove anos.
Devo considerar isso auspicioso?

sábado, 1 de agosto de 2009

1º de julho

Com um mês de atraso, mas com o timing certo no contchiúdo...

Eu vejo que aprendi
O quanto te ensinei
E é nos teus braços que ele vai saber
Não há por que voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez

O que fazes sem pensar aprendeste do olhar
E das palavras que guardei pra ti
Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim

Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Já que não me entendes, não me julgues
Não me tentes
O que sabes fazer agora
Veio tudo de nossas horas
Eu não minto, eu não sou assim
Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava a teu lado então

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa,meu amor
Alguma coisa aconteceu
Do ventre nasce um novo coração

Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Ninguém sabia, ninguém viu
Que eu estava ao teu lado então

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor
Baby, baby, baby, baby

O que fazes por sonhar
É o mundo que virá prá ti e prá mim
Vamos descobrir o mundo juntos baby
Quero aprender com o teu pequeno grande coração