sexta-feira, 21 de maio de 2010

This ain´t a love song

Mas esse é um post que copia uma declaração de amor, linda, linda.
É do Nicholson no "As good as it gets".

I might be the only person on the face of the earth that knows you're the greatest woman alive. I might be the only one who appreciates how amazing you are in every single thing that you do, and how you are with Spencer, 'Spence'. And in every single thought that you have, and how you say what you mean, and how you almost always mean something that's all about being straight and good. I think most people miss that about you, and I watch them, wondering how they can watch you bring their food and clear their tables, and never get that they just met the greatest woman alive. And the fact that I get it makes me feel good, about me.

Daí não sei, minha memorinha me trai, mas em algum ponto dessa cena ou do resto do filme, ele diz...

I guess what I'm trying to say is... you make me want to be a better man.

E pronto. Quem quer mais do que isso?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ezekiel 25:17

There's a passage I got memorized, seems appropriate for this situation: Ezekiel 25:17.
"The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother's keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee!".

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Preciso te dizer

E eu aqui, vinte pras seis da manhã, sem conseguir dormir, arruinando a segunda-feira.
Mas não tem ninguém pra se incomodar com um teclado furiosamente martelado a essa hora, então... nada como botar pra fora, não é mesmo?
Então vamos.
Apesar do kerb de aniversário ter sido ótimo - e espero que os que se fizeram presentes não se ofendam - o que a gente acaba sentindo mais são as ausências. E eu notei várias, neste ano.
E fiquei chateada, apesar de saber que isso é problema meu. Mas não consigo deixar de achar que é uma hipocrisia tremenda, além de uma óbvia falta de educação, ausentar-se de uma data destas na vida duma pessoa que a gente já disse que amava, ou já disse que era importante, ou qualquer merda dessas que só eu sou tola o suficiente pra acreditar, mesmo que faça um puta esforço pra levar na flauta.
No fundo, no fundo, estou é rezando pra que Belisama me dê a luz de uma vez, me tire desse túnel, ou me dê uma marretada na cabeça pra que eu esqueça desse povo. Qualquer coisa. Um cimentinho pro coração véio aqui, ou um procedimento do "Brilho eterno de uma mente sem lembranças", tão valendo. Novos amores não, obrigada.
Porque sentir falta dos outros é bem ruim, mas pior é saber que eles estão cagando pra isso.

***
E não, não consigo parar de pensar em "O segredo dos seus olhos" quando penso em todas as coisas que se deixaram mal resolvidas pra mim. Porque não é possível que a coisa seja tão unívoca assim. E lá vou eu pra mais um spoiler...
... porque o filme diz basicamente que o grande lance é esperar, que um dia tudo se resolve. Nem que leve vinte e cinco anos...
e eu, que já andei vivendo umas coisas dessas, não sei se espero que o tempo seja bonzinho comigo e um dia finalmente apague tudo de mim, ou rezo pra que todo mundo se sinta como eu, quase tão prisioneira como na cela da condenação perpétua, aquela onde tanto prisioneiro quanto carcereiro estavam - para sempre ligados pelo destino, para sempre afastados pela mágoa.
Qual deles tinha a vida mais cheia de nada?
Da maioria dos ausentes, mantenho uma distância dolorosa, mas necessária. Auto-preservação, sabe como é? Da última vez que tentei fazer um mise-en-scène de amenidades foi um desastre. Voltei pra casa ferida de morte.

Eu sei, o coração perdoa
Mas não esquece à toa
O que eu não esquec
i

Parece tudo revanchismo? Talvez. Talvez seja só o mal de se ter mil meios de topar com os outros nessa era de redes sociais. Pode ser também só uma nostalgia daninha que acomete os que tem dificuldades de esquecer. Talvez eu só esteja sofrendo de ataque de injustiça e queira algum tipo de reparação, nem que seja saber que os outros também sofrem. Mas eu acho que não queria isso, não. Não é o sofrimento dos outros que vai me trazer paz. Não quero celas perpétuas. Quero a liberdade de poder andar sem mochilas pretas nas costas... sem bagagem, sem dramas, sem histórias mal contadas.
São elas, as bandidas que me amarram na cadeira do computador enquanto o tempo era de sono.

Danke schoen

Danke schoen, tantas coisas pra agradecer pela bela semana (extended) de aniversário que tive. Tantas coisas e tantas pessoas...
queria era ter paciência pra escrever. Mas na era do Twitter, os dedos mais rápidos do que o pensamento, 140 caracteres pra despejar sinteticamente o que há... acabei engolida por uma onda de certa melancolia. Talvez seja só a volta à realidade de estar de novo na cidade. Talvez seja só uma tpm. Talvez seja o rebote da alegria. Como saber?
Mas enfim. Quem viveu comigo, viveu. Quem não viveu, é porque não entendeu.

domingo, 16 de maio de 2010

Cry wolf

Segura, que esse é só um spoiler de "Mi Muñequita", a peça da minha prima cujo impacto eu já destilei no Twitter.
Aí vai um pequeno continho de horror.

Era uma vez uma menina que morava com os lobos.
Sua mãe era uma loba. Seu pai, um lobo. Seus irmãos, lobos. Seus amigos, lobos.
E sua mãe a lambia e lhe dava banho, porque é assim que fazem os lobos.
O tempo passou, e a menina cresceu com sua família de lobos e seus amigos lobos.
E um dia, sua mãe loba começou a lamber-lhe e a morder-lhe, e a arrancar pedaços e expor seus ossos, porque a carne perto do osso é a mais saborosa.
Mas é assim que fazem os lobos
.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Young hearts run free

Me propus a ler um livro chamado "O estilo mafioso de gerenciar", escrito por um ex-chefão da Máfia, Michael Franzese. O livro todo é um amontoado de obviedades rasas, mas numa coisa o sujeito está absolutamente certo. Lá vai. Está na página 110:

Há uma grande mentira na nossa sociedade hoje, uma mentira usada para alimentar nossos jovens em um esforço para evangelizar para a última religião de nossos dias - "a religião da autoestima". Eu visito escolas de Ensino Básico e Médio para falar com estudantes. Não sei quantas vezes já vi cartazes no auditório que dizem algo como: "Você pode ser o que quiser na vida." Besteira. Simplesmente não é verdade. Se pudesse ter sido o que quisesse na vida, teria jogado nos Yankees. Mickey Mantle era meu ídolo. Mas havia um grande problema: eu era bom, claro, mas não tão bom. Encher nossos jovens com falsas esperanças e objetivos irreais acabará fazendo muito mais dano à autoestima deles. Deveríamos encorajar as crianças a explorarem seus talentos individuais e desenvolver esses dons para a vocação futura deles.