quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Purple rain

Que eu gosto de roxo acho que até os seguranças da biblioteca já repararam.
Agora, realização mesmo é descobrir até um FIO DENTAL roxo!!
Com certeza meus dentes vão ficar muito mais limpos! E com muito mais gosto...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carta

O resto todo da letra (acho que) cabia como uma luva pra mim, não pra ti.

Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti...

Podia colocar aqui mais sei-lá-eu-quantos trechos de músicas, mas não consigo pensar numa mais apropriada que as outras.
Dor de cabeça, mal estar, tristeza. Mas no fundo, no fundo, quero confiar que se não deu certo ainda é porque não chegou no fim...

Quando o Carnaval chegou

Carnaval, carnaval, carnaval
Fico tão triste quando chega o carnaval

Eu não sei se fico mais triste ou mais furiosa.
Pra mim o Carnaval é desculpa de gente careta que não faz nada o ano todo pra soltar a franga. E eu, que não pago imposto pra fazer palhaçada, viro a do-contra oficial.
Mas vamos combinar que é praticamente impossível manter o bom humor quando se tenta sair duma multidão suarenta, purpurinada e pornográfica e só se vê gente por todos os lados. Gente e fedor, de mijo e de cerveja. Gente e sujeira. Gente e desperdício. Gente e falta de respeito. Blocos berrando em frente a hospitais. Crianças vendo a galera se comendo no meio da rua. Mijo por todos os cantos. Bêbados. Chapados. Histéricos. É a Babel institucionalizada.
Fora que qualquer um com um mínimo de consciência ecológica há de pensar um pouco e achar um absurdo esse negócio de ficar atirando papel pela cidade toda. E o trânsito? Não quero nem pensar.
A única vantagem é que o cinema fica vazio, vazio.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

The sweetest thing

Estou sentada com as pernas cruzadas que nem indiozinho e quando vejo ele tá lá dando beliscõezinhos de leve na minha coxa. Do lado, sabe?
"Adoro essas coisinhas", diz ele bem faceirinho.
Rio.
"Essas COISINHAS, meu amor, são CELULITE".

Fear of the dark

Estive à mesa junto com um dentista. Para jantar, que fique bem claro.
Eu não sabia que o sujeito era dentista e quando ele o disse, dei um pulo na cadeira, para riso de todo mundo e glória do meu cuidador favorito, que espera cada oportunidade para me mandar direto para um médico, um dentista, um cabeleireiro, um massagista, qualquer profissional que me ajude a manter-me fofilda e adorável.
Expliquei pro dito dentista que faz só quinze anos que não sento numa cadeira e abro a boca para uma consultinha. Medo. Pânico. Paura. Fobia.
(Secretamente, fiquei esperando que ele se oferecesse pra dar uma olhada)
Ao que, para MINHA glória, ele ri e diz "Bom, se tu precisasse já tinha ido, né?"

***
Aí vou ao banheiro usar o Listerine tamanho jumbo, já que a noite ia esticar.
E abusei do nosso dentista de plantão: qual é o melhor enxaguante bucal?
"Hum... bom. O que não tenha álcool. Listerine tá fora. Eu gosto do Oral B azul. O fio dental da Oral B também é muito bom, aquele Satin Floss."
Bingo: tudo que eu gosto de usar. Tchan!

A hard day's night

Tomei um tufo da NET e por sorte não foi um tufo completo.
Por azar, o motivo de eu não ter estado em casa nas três horas comerciais que o técnico deveria ter vindo era de saúde. Mas entre mortos e feridos todos se salvaram: temos um convalescente da ressaca e outro de cirurgia. Ambos passam bem e terão alta amanhã.
Por conta disso, sete horas do meu dia foram em função daquele ambiente divertido que é o hospital. E fica ainda mais divertido quando tem-se que trocar de quarto, ir chamar a enfermeira porque eles simplesmente não prestam atenção na maldita campainha e buscar desesperadamente comida e água para o paciente porque ESQUECERAM de incluir sua dieta no mapa da cozinha.
Ah, sim. Esqueci o aluguel da tevê: nove - eu falei NOVE - renales para ter direito a assistir televisão por 24 horas. E o fato de que o indigitado lugar (ai, adoro esse termo) custa uma baba de dinheiro e não tem sequer uma cantina - apenas um raio duma máquina de salgadinhos, uma de café e uma de refrigerantes que estava obviamente estragada.
Foi-se o tempo em que hospital era monótono: agora é quase uma gincana sair saudavel e relaxado lá de dentro.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Horizontes

Dezessete de fevereiro. Tá lá, publicado três meses e meio depois. Meu novo cargo.
Um salário melhor, uma sala e um computador só pra mim, dois telefones, uma impressora, duas mesas, caixas de entrada e saída de documentos, pastas e mais pastas no micro...
mas o tio Parker estava coberto de razão. Com grandes poderes, vem também grandes responsabilidades.
Coordenar o processamento técnico de todo o acervo da oitava maior biblioteca do mundo, por exemplo.
Nada mau pra quem nasceu chorando no Moinhos de Vento, huh?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Girl you know it's true

(ao fundo, eu pulando com uma plaquinha onde lê-se "EU JÁ SABIA"):

Homens vêem mulher seminua como objeto, diz estudo

O chavão de "mulher-objeto", que se remete a mulheres inclinadas à conduta pouco recatada com relação ao comportamento sexual, mereceria uma correção, se dependesse de cientistas americanos. O termo 'objeto' poderia ser interpretado, na verdade, como os homens olham para as mulheres desnudas. É o que aponta uma pesquisa feita nos Estados Unidos sobre como o sexo masculino observa o feminino.

Digitalizando as imagens do cérebro dos homens após exibir a eles a fotografia de uma mulher vestindo biquíni, cientistas descobriram que considerável parte cerebral deles reagiu da mesma maneira como se estivesse olhando para um objeto.

Aplicado também em homens com tendência a um comportamento mais sexualizado, os estudiosos verificaram que uma parte do cérebro que normalmente é acionada durante a interação social foi ativada quando viram a foto. A diferença entre os reflexos apresentados pelos homens com tendências não-sexualizadas e os sexualizados foi o que chamou a atenção.

Segundo Susan Fiske, professora da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, os resultados mostram que alguns homens não-sexualizados podem ver as mulheres como um "humano", apenas. "O cérebro mostrou que eles estão reagindo a esta fotografia como as pessoas reagem a objetos. Eles sabem que se trata de uma pessoa, mas seu reflexo é o mesmo que têm diante de um objeto", disse a pesquisadora à reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

Susan acredita que o constante bombardeio da sociedade sexualizada com imagens de mulheres jovens pode ser a culpa disso, fenômeno a que ela atribui "a diminuição do instinto de ver os outros como humanos". Ela disse que efeito semelhante ocorreu recentemente com relação à violência na televisão, em que estudos haviam demonstrado que as pessoas perdiam a sensibilidade diante dos efeitos de violência. "Acho que esse é o paralelo existente ao se ver mulheres sexy. Você se acostuma", afirmou a pesquisadora.

Saiu no Terra hoje.

Three years of my life

Tudo bem que a comemoração não foi a planejada, mas vamos combinar que uns dez chopinhos tão de bom tamanho, né?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

I feel fine

Óquêi, óquêi.
Valeu pela audiência, São Pedro.
Meu sonho finalmente tornou-se realidade.
Cheguei em casa feliz, chapinhando nos pingos bem civilizados da chuva que já caía às cinco da tarde. Tomei aquele famoso banho pra tirar a nhaca da poeira dos séculos (porque alguém tem de fazer o trabalho sujo e sobra sempre pro pró-ativo da parada - leia-se: eu) e deitei, bem-bela e confortável, debaixo do lençol enquanto a chuva fazia poc, poc, poc lá fora e aquele glorioso ventinho entrava pela janela.
Não é que refrescou tanto que dá até pra andar vestido sem se sentir desconfortável?
Delícia. Agora sim, dá pra se sentir bem.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

I'm a believer

Comecei a ler um livro chamado "Esquisitologia", cujo primeiro capítulo desmonta por completo as idéias de que astrologia pode ter algum fundamento.
Ha-ha-ha.
Mas como eu sou uma crédula de carteirinha (ao contrário dos taurinos padrão, terrenos, céticos, negativos), vou seguir à risca as recomendações do meu tarô dos últimos dois dias, do trânsito dos planetas e do i ching. Eles são unânimes e me dizem basicamente que nem sempre ficar parado é sinal de falta de ação, que esperar às vezes é o único remédio e que é melhor a prudência de ficar no seu canto do que enfiar os pés pelas mãos.
Aproveito, já que o msn não vai piscar mesmo e o telefone dificilmente vai tocar, e desligo essa porquera eletrônica toda que além de me entediar só está esquentando ainda mais o ambiente.

Soul de verão

Tá, tá, valeu, galera, mas agora dá pra catar o botão de desligar a estufa?
Alguém já se ligou de que o horário de verão acaba sábado?
Mais alguém acha que tem tido um sol pra cada um todos os dias?
Tem outro ser humano ficando deprimido com céus de brigadeiro, impecavelmente azuis, com aquela luz amarelada que só o sol sabe imprimir, com a possibilidade sempre presente da praia, do refrescante banho de mar, da areia fervendo e cegando de tanta claridade?
Quem mais se junta ao grupo dos que dá pulinhos ao primeiro cheiro de chuva entrando pela janela?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Quase não dá para ser feliz

Retomando as séries que tanto gosto de publicar... esta aqui é "pérolas que só eu desencavo sabe lá de onde":

Quanto mais te chamo
Você não vem
Será que ainda dorme comigo?
Será que ainda sonha?

Posso, mas não topo mais
Ficar sozinho
Me encontro no fim do caminho
Te encontro no fim

Largo tudo se você chegar agora
O amor tá em cima da hora
O seu amor ou o meu?

Não dá
Posso te esperar ou não
Mas quase não dá para ser feliz

Green eyes

Eu sacudo a perna sobre a estrutura da mesa e ele sacode a cabeça em cima do computador, os olhinhos verdes me olhando.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Oompa-loompa-doompa-de-do

Crianças do mundo todo, cinéfilos de plantão, formiguinhas em seus trajes humanos: resistam se forem capazes. Achei no aeroporto e já viu...


The sound of silence

Bom ter gente querida em casa, mas o silencio da casa vazia não tem preço.
Nem a intempestiva saída à moda mexicana conseguiu abalar as estruturas da tão esperada falta de som. Sem música. Sem tevê. Sem telefone. Sem vozes. Sem ventilador. Nada além do barulho dos meus dedos novamente percorrendo as trilhas do teclado.

(É, povo amado, esta que vos fala desaprendeu a escrever o pouco que sabia com esta bendita reforma ortografica e optou por papar todos os acentos que "por obséquio" sejam dúvida.)

Haaaa... modo piada interna on.

Lucky star

Sorte de hoje: Ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo final

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Polaroid

É errado fuçar no orkut dos outros quando eles tem fotos que nos interessam? Que dizem da gente, do que a gente deixou pra trás na vida, das escolhas que a gente fez?
É esquisito procurar motivo pra chorar?
É feio chorar e se sentir fraco?
É legal ter um propósito e ser firme nele, mesmo que isso magoe a gente e a gente queira as vezes revolver essa mágoa?

Dreams

Numa noite sou caçadora de demônios, conjurados com um kit contendo uma régua de madeira, um palito de Magnum, uma mini moeda cunhada com a cara de Jesus Cristo e outra coisa que agora não lembro mais. Daí pulo pra recepção dum prédio, recebendo a galera e marcando a presença de todos enquanto brinco de cravar uma faca no balcão. Disso, pulo para uma rua de Porto Alegre transfigurada, ouço denúncias de mau uso do dinheiro de obras e leio uma Zero Hora vintage, que fala sobre a genealogia dos Fagundes, desvenda o parentesco entre o Paulinho e o Marcos Breda e tem uma reportagem sobre cenários para ensaios de casamento - com destaque para a cadeira onde a noiva senta, uma cadeira embrulhada em tule num fundo verde água. Ah sim, faltou a presença de Tony Lima usando uma camiseta azul celeste e me indicando o suplemento da ZH, distribuído na portaria do prédio, sobre a reforma da previdência.
Doutra feita estou numa plataforma flutuante e o mundo vai acabar, ou o negócio vai afundar, o que dá na mesma. Eu e meu grupo descobrimos que é mais ou menos um Truman Show, porque a Estátua da Liberdade e o Cristo estão lado a lado no cenário. Saímos correndo e juntando tudo que é relevante para podermos reconstruir a cultura de modo mais completo possível depois do fim... e é tudo um set de filmagem, um filme pesado e real sobre a miséria humana e o que o homem é capaz em situações de risco. Ehm... uma mistura de Lost com Ensaio sobre a Cegueira, sabe? Aí saio desse lugar e estou na gravação dum clipe do Nenhum de Nós.
Dia desses era uma casa muito engraçada, com mezaninos, desníveis, uma decoração não sei se de bom gosto ou esquisita mesmo, e minha tia chamava os cachorros só a noite para aquecer a cama. E tinha um gato fdp que me arranhava as pernas. Mas agora já não sei se isso foi numa terceira noite ou foi numa dessas duas que contei aí em cima.
Outra vez era o Jimmy pizzaiolo, fazendo pizzas de um metro de diametro. E eu numa bodega-lanchonete-café, sei lá o que era, vendo anúncio de cursos legais que aconteceram em outubro. Nua.
E hoje... antes de pegar no sono, tive umas quatorze ou quinze ideias com o lixo reciclável daqui de casa. E depois, eu precisava fazer um levantamento COMPLETO dos produtos existentes num perímetro tipo o do Saara, enquanto meu pai e minha mãe faziam não lembro o que. Aí foi um tal de show do Nenhum de Nós em que o Thedy largou tudo e sentou do meu lado pra comentar o palco, que subia e descia como se fosse brinquedo de parquinho. Na plateia estava também o Dani, minha mãe, sei lá eu quantas outras pessoas. E chovia, e era numa cidade do interior, e todos voltamos num carrinho que eu não sei de quem era, mas era meu irmão dirigindo e eu pedindo pra dirigir porque afinal eu tenho carteira, ele não. Aí era uma mudança, eu tentando por coisas fora, organizar caixas no quarto e no banheiro, separando plásticos, e meu amigo Celso aparece pra contar da sua vida, e meu telefone toca e é uma mensagem... e aí tudo já é uma confusão pior do que é a vida de verdade e pra acordar é aquele suplício. Durma-se com um barulho desses na cabeça.