domingo, 3 de maio de 2009

Outono em Porto Alegre

(O Gessinger é foda. Pode ser um chato de carteirinha, mas tem título mais perfeito pro que quero agora do que esse?)

Enfim.
Outono em Porto Alegre é isso: dias mornos, confortáveis, de céus azuis e sóis amarelos, um quê de colo de mãe em tudo que é lugar, uma cor de acolhimento, barulho de casa e cheiro de roupa recém lavada.
Outono em Porto Alegre também é de noites coloridas, escondidas na escuridão, esmaecidas pelo leve nevoeiro, aquecidas pelas mantas leves, abotoadas nos casacos que saem dos armários, encolhidas nas cobertas que começam a afofar as camas, vaporizadas pelos chuveiros de onde sai a água morna-mais-pra-quente, revigoradas pelas taças de vinho e pelas fortes cervejas que só aqui é que se sabe apreciar.
Outono é preguicinha, beleza, leveza e tranquilidade. Bem ao gosto das sete cidades da milonga, bem a cara dos campos que se vê antes de passar por cima do Guaíba, bem crepúsculo pintado pra nós por um São Pedro parcial pra caramba, chimarrão e bolachinhas, ou chocolates, ou qualquer outro gosto de calma e placidez. Conforto. Serenidade.