Há coisas para as quais realmente o tempo é o melhor - senão o único - remédio.
Eu lembro de quando tentei ler Borges pela primeira vez. Primeiranista de biblioteconomia, me sentia praticamente na obrigação de conhecer mais do autor da famosérrima "Biblioteca de Babel". Mas as suas Ficções me pegaram pelo colo e me levaram direto ao encontro de Morpheus.
Com Gabo foi a mesma coisa. Embalada pelo quase-pop "Crônica de uma morte anunciada", achei que ia engrenar os "Cem anos de solidão", que continuaram amargando a solidão sem minha leitura durante um bom tempo.
Mas eis que, como diz o nosso bom bibliotecário argentino, o que não falta ao tempo são dias. E eles passaram. E dei de cara de novo com os Cem Anos, quase dez anos depois. Aí sim, fui tragada pela história e pronto, "O Amor nos tempos do Cólera" veio na esteira.
Agora é a vez de Borges ocupar o outro lado da minha cama, desta vez com o "Livro de Areia". E mal vejo a hora de encontrar as Ficções novamente.
Talvez daqui a pouco a chance de Joyce e seu Ulisses chegue. Mas assumo, como boa bibliotecária e seguidora de Ranganathan, que não li e não pretendo ler José de Alencar.
domingo, 14 de junho de 2009
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