domingo, 3 de janeiro de 2010

Here comes trouble again

Uh-oh. Estou sentindo. Lá vem ele: o primeiro surto de sinceridade ferina do ano.

E o petardo inicial tem destinatário certo: a Dell, cujos equipamentos custam uma fortuna e dão os doces de cara. Divido com a Microsoft, cujo Windows Vista é DISPARADO a pior coisa que já vi rodando num micro.

De resto... continuo com uma transcrição. É do ano passado, mas o conteúdo ainda vale.

And so this is Christmas
Então é isso?
É sentir-se exaurido na véspera do Natal e dormir horas a fio?
Aproximo-me do Zen que Caio F. defendia. Mas sinto cansaço mesmo nessa forma de vida.
Porque tudo demanda energia. Deitar-se em contato com os travesseiros é um exercício de percepção. São três ou quatro firmezas diferentes, cobertas por tecidos diferentes, tocando partes diferentes do corpo. E ainda há o corpo exposto, cujo ouvido conta calmamente as rotações do ventilador; esse mesmo que suavemente golpeia o flanco nu com sopros de fresco vento da madrugada.
Mas se as sensações se somam languidamente, na cabeça os pensamentos fervem.
Love is friendship set on fire.
Que tipo de fogo? Que tipo de amor se pode construir sem contato? Sem entendimento? Sem compreensão?
Como entender sem ver, sem tocar, sem sentir? Quanto trai um discurso? Quanto engana a (falta de) entonação na voz? Temo pelo futuro dos afetos explosivos, das paixões sem tempo de florescer, dos amores confinados ao toque dos teclados distantes.
O corpo fala. Mas como fazê-lo ouvir-se nessa época virtual?

***

Ok. Cinco da manhã, já vi Moonwalker (troféu tosqueira), já ouvi Gotan Project, já ri às pampas com bobajadas na Internê... agora é hora do bercinho. Rumino sinceridades, até amanhã.

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