segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Vida simples

Tão bom voltar depois de um tempo e encontrar tudo tão diferente.
Tão bom saber que tudo pode ser bem simples assim...
Quando se quer, não precisa de drama.
Quando não se quer, paciência.
Tudo acaba se ajeitando, eu acho.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Bad romance

Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém


Tem aquele que pensa que arrasa batendo na minha porta às seis da manhã.
O segundo morre de saudades, e quer uma noite comigo.
Outro arde de paixão, conta as horas pra me ver, mas some dias a fio.
E temos ainda aquele mais tão-tão-distante que reino do Shrek.
Pirei eu, querendo mais do que isso?
Ou vai ver que é só isso mesmo, e que tem gente fadada a ligar pra meio mundo enquanto brinda sozinha.

No excuses

Everyday it's something
Hits me all so cold
Find me sittin' by myself
No excuses, then I know


Passei a vida toda me cobrando por conta de limites absurdos e exigências extravagantes. Era um tal de nada menos que o perfeito que acabou por me esgotar. E embora eu tenha consciência disso, ainda assim eventualmente o espírito de porco do perfeccionismo imbecil toma conta de mim e resolve acabar com a minha paz de ser humana.
No entanto, eu não quero mais fazer isso. Portanto, eu não quero ficar ruminando e sofrendo porque por um motivo, ou outro, ou uma conjunção deles, saí da casinha num Réveillon. Eu NÃO QUERO e NÃO VOU ficar pirando num episódio babaca muito ilustrativo do fato de ser NORMAL. No regrets, no excuses. Consideremos excesso de energia. Sal grosso demais no banho. Ou uma metáfora muito vívida para simplesmente apagar o que passou e zerar, reiniciar, começar de novo, um ano limpinho zerobala inteiro pela frente.
É por isso que adoro tanto morar sozinha: já me bastam meus dez dedos apontando para mim mesma quando merdas acontecem. É o que está escrito na porta do Inferno: às vezes dá merda!
Compreendido?

Here comes trouble again

Uh-oh. Estou sentindo. Lá vem ele: o primeiro surto de sinceridade ferina do ano.

E o petardo inicial tem destinatário certo: a Dell, cujos equipamentos custam uma fortuna e dão os doces de cara. Divido com a Microsoft, cujo Windows Vista é DISPARADO a pior coisa que já vi rodando num micro.

De resto... continuo com uma transcrição. É do ano passado, mas o conteúdo ainda vale.

And so this is Christmas
Então é isso?
É sentir-se exaurido na véspera do Natal e dormir horas a fio?
Aproximo-me do Zen que Caio F. defendia. Mas sinto cansaço mesmo nessa forma de vida.
Porque tudo demanda energia. Deitar-se em contato com os travesseiros é um exercício de percepção. São três ou quatro firmezas diferentes, cobertas por tecidos diferentes, tocando partes diferentes do corpo. E ainda há o corpo exposto, cujo ouvido conta calmamente as rotações do ventilador; esse mesmo que suavemente golpeia o flanco nu com sopros de fresco vento da madrugada.
Mas se as sensações se somam languidamente, na cabeça os pensamentos fervem.
Love is friendship set on fire.
Que tipo de fogo? Que tipo de amor se pode construir sem contato? Sem entendimento? Sem compreensão?
Como entender sem ver, sem tocar, sem sentir? Quanto trai um discurso? Quanto engana a (falta de) entonação na voz? Temo pelo futuro dos afetos explosivos, das paixões sem tempo de florescer, dos amores confinados ao toque dos teclados distantes.
O corpo fala. Mas como fazê-lo ouvir-se nessa época virtual?

***

Ok. Cinco da manhã, já vi Moonwalker (troféu tosqueira), já ouvi Gotan Project, já ri às pampas com bobajadas na Internê... agora é hora do bercinho. Rumino sinceridades, até amanhã.