sábado, 11 de julho de 2009

Hallelujah

Estávamos as três com aquela cara de desolação que só o cansaço extremo estampa nas nossas faces. Cinco dias a mais de mil quilômetros de casa, um fuso de diferença, clima completamente diferente, doze horas pra ir, doze pra voltar. Mas estava terminando.
Levantei voo de Congonhas com uma certa lágrima insistindo em cair do olho. Saudade, ou um querer, que tivesse alguém querido com quem compartilhar de perto essa experiência.
Lá pelas tantas a comissária anuncia o serviço de bordo que terminou com algo do tipo "arrozCHRHHelentilhHEEE"
Nos olhamos. Ouvimos direito? Arroz com lentilha?? Não podia ser.
Mas era. O cheiro invadiu nossas narinas assim que o primeiro carrinho passou. Cheiro bom de comida quente, fazendo tanta falta para as três que passaram dois dias a base de sanduichinhos, biscoitinhos e que-tais.
Nunca pensei que fosse gostar tanto dum serviço de bordo.
Aquela comida, aquela minúscula porção, serviu como um happy end da odisséia pelo Brasil afora. Um alento para os que tentam cumprir sua missão do melhor jeito possível.

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