sábado, 5 de abril de 2008

Eppur si muove

O que me impressiona nas pessoas é a rapidez com que estão no tatame de novo.
Sinceramente, não consigo.
Dizem que, nas mulheres, a memória da dor é muito efêmera, senão nenhuma se disporia a engravidar mais de uma vez para passar por outro parto. Acho que meu cérebro é masculino justamente nessa parte. A lembrança daquela sensação, do peito rachando ao meio, da derrota, da humilhação, do esforço, do trabalho, do desespero e da solidão não-consentida não larga do meu pé.
Pior é contar com a opinião abalizada de um psiquiatra que diz que "em casos assim, de mudança ambiental muito brusca, é muito difícil alcançarmos a normalidade, mesmo com a medicação. O máximo que se consegue é o conforto."
Já sei disso, doutor. Mas até o conforto é passageiro.

Um comentário:

Anamein disse...

agora traduz.

e ahm... eu... tu vai me matar, mas as galinhas nao acompanham seus coraçoes. Recaida.