terça-feira, 15 de abril de 2008

Umbrella

E chove.
E chove.
E chove.
E eu levando cantadinhas do porteiro.
É bom que o condomínio inteiro sabe quando estou chegando ou saindo, porque ele berra BRANQUINHAAAAA, e se duvidar até minha mãe em Porto Alegre está sabendo dos meus horários pelo meu papagaio de plantão.
Hoje cheguei debaixo de chuva perguntando se o Noé já tinha passado por ali. Ele custou a entender, mas quando pescou a jogada disse que a arca estava sendo montada na garagem. E acrescentou:
- Ó, só dá pra botar uma fêmea de cada bicho. Se fosse eu, escolhia você dos humanos.

***
Depois dessa, subi pro meu soninho de beleza ao som reconfortante da chuva batendo na janela, esperando que uma hora parasse pra eu poder finalmente ir ao super fazer comprinhas básicas e já em falta no domicílio, tais como papel higiênico.
Acordei pela segunda vez nove da noite, sem barulho. Dessa vez vai ter de ir, sua preguiçosa de marca maior.
Fui, jantei, comprei o que precisava e o que não precisava tanto assim e voltei pra casa. Piso no hall e digo "graças a Deus parou de chover". Ao que o nosso querido porteiro replica "Por enquanto! Você vai ver amanhã cedo, na hora de ir trabalhar, vai estar chovendo!"
Entrei em casa, guardei as compras, abri a janela...
e lá estava ela de novo.
A chuva.

Nenhum comentário: