quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Inútil

Inútil argumentar que acabo de aumentar a medicação.
Inútil dizer que aquele curso infame era perda de tempo.
Inútil contar da dor de cabeça, da dor de consciência, da sensação de fragilidade, dos dois dias passados na cama, pernas incapazes de me levar a lugar algum.
Inútil contra-atacar com a insônia inclemente, com a mudança de hábito, com o cansaço que não cede ao maior período de sono.
Inútil avisar da fraqueza, da falta de apetite.
Tudo inútil diante da solidão dos sentimentos. Mais fácil é ser taxada de alguma coisa que ignora a química, a manipulação da vontade, a frustração.

Um comentário:

Anônimo disse...

Abraço de mamãe-ursa, mamãe-galinha, etc... :-**