sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sobre o tempo

Gostei da brincadeira da Tati e resolvi fazer também.

Em 78...
eu não era nem um projeto. Talvez minha mãe estivesse numa das suas gravidezes que não vingou.

Em 83...
eu fiz três anos. E não lembro muito mais do que isso, não.

Em 88...
eu fiz oito anos, estava na terceira série e era o protótipo da nerdzinha. Meu irmão fez dois anos, minha avó já tinha falecido. Eu acho que já gostava do Dominó, não lembro. Meu bolo de aniversário foi, na verdade, dois bolos que formavam um 8, e a festa foi temática da Xuxa. A vela do bolo era um microfone. Eu usava bota com calça de moletom e uma franja ridícula.

Em 93...
eu estava na oitava série, encerrando o ciclo nerd-de-carteirinha para entrar, no ano seguinte, no ciclo vocês-pensam-que-somos-nerds-mas-fazemos-merda-que-nem-todo-mundo. Já tinha feito três cursos de informática, comia churrasco todo domingo ouvindo música sertaneja do meu pai e não perdia um "Love Songs", programa do Arlindo Domingues na Rádio Cidade. Dava gritinhos quando tocava "Take my breath away" e ria à beça das traduções das músicas.

Em 98...
finalmente fiz 18 anos e parei de ter medo de que me pedissem identidade na noite. Já estava no segundo ano da faculdade, achando tudo um saco, passando mais tempo na sinuca e no bar do que em sala de aula - fato que acabou me alcunhando de "Lu da Biblio", porque ninguém acreditava que eu não fazia comunicação. Minha festa de aniversário foi no Park Café, cheia de gente bacana e divertida. Teve aquele Festival de Cinema de Gramado frio pra cacete e no final do ano me mudei pra Rua da Praia. Entrei no meu primeiro estágio. Que tempo bom.

Em 2003...
eu já estava casada. Fiz minha pós. Me mudei da Lima e Silva pra Duque. Tinha o pior emprego da minha vida, embora fosse o melhor salário até hoje. E já tinha vindo pela primeira vez ao Rio de Janeiro, que continua lindo e com mais duas estações de metrô, construindo a terceira.

2 comentários:

Anônimo disse...

Realmente, filha, tu nem eras um projeto em 1978.
Eu planejei te ter, e te tive, imediatamente depois que uma condição foi satisfeita. Nenhum, de 'TODOS' meus dois fihos, resultou do acaso. Esses foram os das gravidezes que não vingaram.
Sou feliz por ter tido os filhos que quis, e na ordem que pretendi: a menina, Luciana, depois o menino, Luís Felipe. :-)
Beijo, querida!
Mamy (e esse é meu nome prá ti desde que me apelidaste assim)

Anônimo disse...

Ah, e eu adorava montar tuas festinhas de aniversário mesmo entre muitos problemas. E tua franja não era ridícula naquela época... nunca reclamaste, e eu sempre fiz tudo que querias desde que não fosse 'perigoso'... risos
Aliás, fizeste tanta coisa que me deixou tão preocupada, ansiosa, nem dormia. Mesmo confiando sempre em ti. Nem tudo dependia de ti.
Mas sempre foste muito responsável, penso que, às vezes, até demais. :-) Te amo, filha!