sábado, 16 de fevereiro de 2008

Tele-fome

Aos que não sabem, anuncio: não atendo meu telefone fixo a não ser que esteja devidamente desperta e disponível. Não levanto do sono, sequer da preguiça, não fecho torneiras que enxugam louças, nem tiro o sabão das mãos que esfregam roupas.
Explico: meu número do telefone parece demais com o de uma casa comercial em Nova Iguaçu. É apenas um dígito, um diabo dum número repetido que faz toda a confusão.
Ocorre que são quinze pras cinco da tarde de sábado e meu telefone já tocou exatas seis vezes. Num sábado.
As duas primeiras, deixei que meu lençol ouvisse comigo, sete toques cada vez até desligarem.
Na terceira, procuravam por Margarida.
Na quarta, era um mudo.
Na quinta, a Tim tinha selecionado meu número para me oferecer um pacote de minutos. Tive de frustrar o ímpeto vendedor da menina, informando que já sou cliente Tim. Não é bom quando o cadastro de clientes funciona?
E agora, na sexta vez, o telefone toca para alguém na maldita Casa Cruz. Antigamente eu até dizia qual era o erro na discagem, mas hoje já falei demais ao telefone para dar esta informação. 102 na veia, filha.

Nenhum comentário: